sábado, 25 de julho de 2009

Os Primeiros Dias.

Assim que chegamos no quarto ela já fez cocô! Totalmente sem experiência, eu só a colocava pra mamar, sem lembrar das fraldas... hehehe... Quando eu e minha mãe demos conta, já era tarde!!

Já no primeiro dia eu comecei a me sentir estranha... chorona... mas escondia de todos. Tem todo aquele processo de luto da barriga e aceitação do que é diferente. A Anita teve um pouco de dificuldade em mamar, e o pediatra sugeriu que fosse dado leite NAN como suplemento após cada mamada. Foi assim por até 41 dias quando ela não pegou mais no peito. Eu deprimi demais. E reprimi mais ainda... Queria que todos vissem o quanto eu era forte e podia segurar tudo! Bobagem... Tudo era motivo de choro. Engolidos quase sempre. O que resultou numa alteração absurda no meu metabolismo.

Fomos pra casa no segundo dia de vida dela. Cada dia que se passava, mais amarela ela ficava... chegou a ficar alaranjada! Fizemos o exame de Bilirrubinas na sexta-feira e o resultado só ficou pronto na segunda-feira... Quando mostramos ao pediatra, o susto. Anita teria que ser internada pra fazer uma transfusão de sangue!!! Primeiro fomos até outro laboratório pra repetir o exame e pra nossa sorte, tinha baixado muito... Ufa... Me tiraram o chão naquele dia...

Bem, ela emagreceu, pegou peso, cresceu pouco, cresceu legal, e o perímetro se arrastando. O fato da moleira já ter quase se fechado ‘ajudou’ muito isso tudo.

Com 8 dias fez a Tomografia (que foi super tranqüila). Laudos disponíveis futuramente! Com 16 dias ela começou a fazer fisioterapia neurológica pediátrica método bobath. Faz até hoje com a mesma fisioterapeuta (Titia Carol LeBoudec) e simplesmente adora! Mas quanto a um diagnóstico... Os dias foram passando e como nenhum dos médicos nos disse algo concreto, resolvemos procurar um neuro-cirurgião, Dr Ricardo Ramina, que nos deu uma esperança. Ele, ao tocar na cabeça dela e perceber a fontanela fechada, suspeitou de Craniosinestose. O que pra nós era uma salvação, uma vez que a Craniosinestose tem cura! É feita uma intervenção cirúrgica e o perímetro cefálico continua seu crescimento. Fizemos um raio x simples e uma ressonância magnética. Pra fazer a ressonância... Foi um drama! Tentamos 3 vezes! Na primeira vez deram Hidratto pra ela que nem cócegas fez... Na segunda eu não lembro o nome do medicamento, mas era pra ela capotar e nada... Na terceira eles deram anestesia geral. Aí foi. Mas imagina, eu não tinha muita noção do que ia acontecer... Eu estava junto e ela chorava muito... A enfermeira me passou pra ante-sala e depois me passou pra outra sala longe dali... E eu ouvindo os gritos dela... De repente, passa a enfermeira correndo pelo corredor... Eu não tive nem dúvida, saí correndo atrás dela! Mas tava tudo bem... Ficou tudo bem, se não fosse uma hipotermia após o procedimento. Nada que um aquecedor e um colinho de Mamãe não resolvessem! Laudos disponíveis futuramente. Lógico, a minha intensão é tentar seguir uma ordem cronológica, mas não tem como!! A RSM foi feita a primeira vez quando ela tinha dois meses, a segunda com três meses e a terceira com quatro meses.

Um comentário: