sábado, 25 de julho de 2009

A Gestação.

Tudo começou em dezembro de 2006. Quase no fim do ano eu fiquei grávida. Ainda sem saber continuava a fumar. (Cito o fumo porque não temos ainda uma causa definida do quê e porque aconteceu com ela.)

Logo em janeiro eu percebi um atraso no ciclo menstrual. E como é muito regulado eu procurei minha ginecologista e então ela pediu o exame de gravidez. Com e resultado na mão e um monte de números estranhos eu não entendi nada! Mas sim, estava grávida de quase um mês. Uma força repentina me fez parar de fumar três dias depois! (Ah, e eu nunca mais voltei! Nem vou voltar!)

Enfim, fiz o Pré-natal bem dizer desde o segundo mês. Na consulta mensal do 3º mês descobrimos que eram dois nenéns! E que seriam idênticos e do mesmo sexo já que eram uni-vitelinos, ou seja, dividiam a mesma placenta. Fizemos o ultrassom e tivemos a quase ‘certeza’ de que eram duas meninas porque uma delas permaneceu com as pernas abertas durante o exame!

No 4º mês, na mesma consulta mensal, minha médica percebeu algo e pediu mais um ultrassom. Eu na hora já ‘enfiei’ um monte de minhocas na cabeça!! Heheheheh... Coisa de mãe inexperiente... Consegui marcar o ultrassom pra quase uma semana depois... E o médico, media de um lado, media de outro, e repetia 5, 6 vezes tudo o que fazia, e eu, só enxergando uma tela fora do ar... Foi quando ele respirou fundo e disse que uma delas tinha morrido. Pela diferença de tamanho entre as duas, devia fazer umas duas ou três semanas da morte. E daí??!! O que eu faço com um neném morto dentro da barriga??!!

Procurei um médico especialista em medicina fetal que nos acompanhou até o nascimento. Já no primeiro ultrassom com ele ficamos sabendo que a Anita apresentava o perímetro cefálico abaixo do percentil 5, suspeitando microcefalia. Ele nos explicou que o neném morto poderia ter liberado substâncias nocivas ao neném vivo, e que se realmente fosse pra acontecer algo, já teria acontecido e não tinha nada que nós pudéssemos fazer. Se tirassem o neném morto, teriam que tirar a Anita e a chance de morte era alta já que ela tinha apenas 21 semanas.

O que fizemos? Nas próximas semanas, dia sim, dia não, fizemos exames para controlar a coagulação do sangue e infecções. Ultrassom passou a ser semanal.

No próximo ultrassom o pc dela estava abaixo do – 3 DP (terceiro desvio-padrão negativo) sugerindo microcefalia. Aí começou nosso pesadelo. Fomos pra ‘tia internet’ procurar informações e nada foi legal... Depois dessa noite, quase todas até hoje sem dormir direito. Quer dizer, sem dormir quase nada.

Durante a gestação procuramos um cardiologista fetal, um neuro-pediatra e um pediatra. Nenhum deles pode ajudar muito, até porque o que eles diziam a gente não queria acreditar.

Com 25 semanas houve um rompimento d bolsa. Essa é outra questão de médico pra médico. Tem os que defendem que sim, a bolsa pode romper e se regenerar e os que defendem que uma vez ‘furada’ ela estoura. O que sabemos é que eu fiquei até ela completar 39 semanas de repouso. Até o nascimento não tivemos novidades. Apenas ansiedades!

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